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30 de maio 2024

«Chamados à Esperança e Santidade em Cristo.» (I Pedro)

«Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Ámen»

Recentemente um jovem irmão nosso, provindo do Paquistão, conversando comigo afirmou: «tenho orgulho em ser cristão». A afirmação surgiu-lhe naturalmente e no contexto da descrição de uma vida marcada pelo sofrimento, pela perseguição e pela exigência de afirmar e manter a fé cristã num contexto religioso difícil e maioritariamente islâmico e numa realidade social pobre e adversa. O orgulho que afirma ter, deriva da consciência que possui de que a fé em Jesus Cristo, abrangendo as diferentes áreas da vida, requer da sua parte um comportamento ético e moral próprio e o assumir de posições e opções, que o têm ajudado a crescer enquanto crente na sua relação com Deus e com os outros, agora num país e numa sociedade e cultura diferentes das suas origens. É um orgulho que valoriza a integridade de vida e que se sustenta também no reconhecimento do muito que a Igreja, enquanto comunidade e num país que lhe é estranho, lhe tem oferecido, contribuindo desse modo para o estruturar do seu projeto de vida. É, pois, um orgulho que não se envaidece, antes se assume, numa sadia identificação de tudo aquilo de essencial que a fé cristã traz para a nossa própria vida, tornando-a mais bela e com sentido. É o orgulho também de quem se percebe escolhido por Deus e santificado pelo Espírito Santo e, provação após provação, de exigência em exigência, se vai aproximando da cruz de Cristo e nela percebendo a sua glória e sentido de vida. Na sua primeira carta que sustenta o nosso lema sinodal, S. Pedro exorta os cristãos que vivem em diáspora a colocarem a sua fé em Cristo e a não perderem a Esperança, num contexto de suspeição e de hostilidade, de perseguição e de sofrimento: «é necessário por algum tempo sofrer provações. Elas servem para por à prova o valor da vossa fé. Até o ouro, que pode ser destruído, é posto à prova de fogo. Também a vossa fé, muito mais preciosa que o ouro, tem de ser posta à prova, para ser considerada digna de louvor, de glória e de honra quando Jesus Cristo se manifestar» (1, 6-7).

Consciente ou inconscientemente, vivemos num tempo que é propício ao apurar da nossa identidade e agir enquanto cristãos e enquanto Igreja. Percebemos hoje que a nossa frágil vida e a sua própria circunstância podem ser rápida e profundamente afetadas por fatores exteriores que não dominamos, que não estão ao nosso alcance e que acarretam diversos tipos de sofrimento. A propagação de pandemias a uma escala global, os efeitos das alterações climáticas com fenómenos naturais extremos e o ressurgimento da guerra na Europa, acarretam um conjunto de grandes exigências, desafios e interrogações a serem colocados perante Deus em oração individual e coletiva. A consciência e o assumir da nossa própria vulnerabilidade e fragilidade existencial apura, pois, a necessidade de Deus e do seu agir em nós. E o reconhecimento do pecado humano, causa dos principais desafios e ameaças que enfrentamos, deve suscitar , em cada um e na Igreja que somos, a necessidade do arrependimento e o desejo do acolhimento da graça do perdão e da reconciliação que Deus sempre providencia aos que dele se abeiram. Neste sentido, o Sr. Arcebispo de Cantuária afirmou: «em tempos de crises, como todos sabemos, crise pessoal e crises mundiais, dependemos do poder de Deus, não do nosso poder. E depois descobrimos que podemos agir». S. Pedro na sua carta enfatiza a necessidade de os crentes mostrarem a sua identidade em Cristo no meio da perseguição e do sofrimento, agindo como cidadãos do Reino de Deus. Para ele, os crentes gozam de um grande privilégio; são «filhos de Deus» (1,14), «pedras vivas e sacerdotes» (2,5) e um «povo escolhido» (2,9). «Dantes nem eram povo e agora são povo de Deus» (2,10). É Deus que nos torna seu rebanho e sua Igreja. É Deus que convoca, forma e sustenta a sua Igreja chamada a prosseguir a missão divina, no contexto da sempre exigente história da humanidade. O que Deus nos pede hoje é tão só a confiança expressa na oração do salmista: «Deus, nosso refúgio e nossa força, nos socorre prontamente nos tempos de angústia. Por isso, não temos medo, mesmo que a Terra sofra um abalo ou as montanhas se afundem no mar; mesmo que as águas rujam furiosas e os montes tremam com o seu embate» (Salmo 46,2-4)

A identidade da Igreja percebe-se nesta intrínseca relação de serviço ao mundo, que muito bem se expressa no princípio que afirma a Igreja de Deus para o mundo de Deus. É uma identidade coletiva mas também individual, no modo como cada crente mostra corajosa e orgulhosamente a sua identidade em Cristo, agindo como cidadão do Reino de Deus, que faz das cinco marcas de missão1 consagradas na Comunhão Anglicana um princípio de vida e de prática diária. A melhor evangelização que podemos fazer é pessoal, no modo como falamos de Cristo vivo aos outros e os convidamos a vir à Igreja à qual pertencemos e que, por natureza, não é nossa mas é para todos. Não propriamente falar sobre Cristo ou sobre a Igreja, antes partilhar o que Cristo tem feito na minha vida e como o tenho acolhido no meu coração. Na linguagem de Pedro já não somos meras pedras antes «pedras vivas» transformadas pelo amor e santidade de Cristo em nós. No meio das suas imensas dificuldades, sofrimento e perseguição, a pequena mas fiel comunidade de cristãos hoje presente na Terra Santa autodenomina-se de «comunidade das pedras vivas», em contraste com as ruínas lá existentes, sinais de um passado histórico que por muito significativo que tenha sido não voltará mais. O que define a sua fé é o seu testemunho, no contexto presente que lhes é próprio, e a consciência de que o tempo presente é o momento certo e oportuno para darem as razões da sua Esperança em Jesus Cristo (3, 15). A nossa identidade cristã é tudo aquilo que por atos, palavras, opções de vida nos apresenta perante os outros enquanto filhos e filhas de Deus e na ação do Espírito Santo nos confere uma credibilidade existencial. A Santidade a que Deus nos chama, e que é marca primeira da nossa própria identidade batismal, envolve, pois, distinção e comportamento e requer uma atitude sacrificial orientada não só para os santos na Igreja, mas para os não santos dentro e fora da Igreja. Todos os escolhidos e santificados por Deus têm agora a nobre identidade missionária de «proclamar as admiráveis obras de Deus que nos chamou das trevas para a sua luz gloriosa» (2,9) e fazê-lo com alegria. Os escolhidos somos nós, a Igreja do tempo presente.

Uma das vivências mais estimulantes e desafiantes que as nossas comunidades e a Igreja Lusitana no seu todo têm vindo a experienciar, prende-se com o acolhimento e integração da comunidade migrante presente em Portugal. Provindos de diversos países e continentes, trazendo as suas próprias tradições culturais e religiosas, muitos homens e mulheres, muitas famílias e crianças, buscam as Igrejas enquanto porto seguro. São a expressão de uma sociedade em mudança, cujos efeitos se fazem sentir na vida das comunidades, trazendo naturais desafios e oportunidades. Alguns desses nossos irmãos e irmãs em Cristo estão hoje aqui connosco, com a sua própria história de vida e maneira de ser e a sua imensa vontade de trabalhar para a Igreja e a missão de Deus. O nosso encontro sinodal é precisamente a oportunidade que temos de conhecer outros, partilhando quem somos e acolhendo outras experiências de vida. Peço-vos que nestes dias de encontro promovam o diálogo e a partilha com o outro e em especial com aqueles e aquelas que ainda não conhecemos, mas que a graça de Deus colocou no nosso caminho. O modo como a Igreja souber lidar hoje com a realidade migrante irá determinar a Igreja que seremos no futuro. Uma vez mais,são as circunstâncias externas e que não dominamos que demandam a nossa atenção, disponibilidade e testemunho cristão. A invocação do Espírito Santo que recentemente fizemos na festa do Pentecostes, requer que nos deixemos conduzir por Ele na senda de novos e desafiantes caminhos que nos são propostos. Perante o crescimento da Igreja em Angola, lembrome de ter perguntado ao Bispo André Soares qual era o seu plano de Missão. Na sua simplicidade e sabedoria respondeu-me que tinha percebido que o plano só poderia ser um: ir atrás do Espírito Santo. No contexto da realidade migrante, damos graças a Deus pelos dois anos de caminho da Missão Maria de Magdala desde a sua integração na Igreja Lusitana ocorrida no último Sínodo. A Missão situa-se na praia de Mira, mas também tem já presença na cidade de Coimbra. Uma comunidade essencialmente migrante com diversas realidades culturais e desafios, a exigirem também por parte da Igreja uma atenção e um acompanhamento próprios. Nem tudo foi fácil nem tudo foi perfeito. Tem sido fundamentalmente um tempo de aprendizagem mútua para a comunidade e a Igreja no seu todo, que importa agora continuar e reforçar. Um tempo em que nos percebemos verdadeiramente irmãos e irmãs em Cristo na riqueza da diversidade que nos assiste. Dou graças a Deus e neste contexto pelo muito que já tem sido feito ao nível das comunidades e paróquias locais, através do serviço e da ajuda espiritual e material que tem sido prestada a muitos que nos procuram. E oro a Deus para que o desenvolvimento do projeto diaconal em curso «Acolher e caminhar com os refugiados» se traduza num apoio e integração cada vez mais efetivos a nível diocesano.

Ao celebrarmos o 100.º Sínodo da Igreja, damos desde já graças a Deus pela primeira sessão realizada em fevereiro passado, com a presença entre nós do Sr. Arcebispo de Cantuária, Justin Welby, e sua esposa Caroline. Foi verdadeiramente um tempo de  bênção não só para a nossa Igreja, mas também para o nosso país e para todos aqueles que direta e indiretamente viveram esta visita histórica. Muito foi semeado, quer para o interior da Igreja quer para a sociedade em que nos integramos. Margarida Rocha e Melo, jornalista e membro da comunidade budista presente no encontro inter-religioso realizado na nossa Catedral, sublinhou a abertura manifestada pelo Senhor Arcebispo, em querer ouvir o pensar e o sentir específico das comunidades hindu e budista ali presentes. Em resposta, a monja budista referiu um ensinamento de Buda: os nossos inimigos não são os outros, os nossos inimigos estão no nosso interior: são a ganância, o ódio e a ilusão. Sublinhando este pensamento, o Sr. Arcebispo referiu a importância de juntos termos a coragem de afirmar que não aceitamos qualquer tipo de ódio, de perseguição e que não admitimos qualquer tentativa de fragmentação da realidade. Caroline Welby partilhou com as mulheres da Igreja o seu ministério denominado de «Mulheres na Linha da Frente», apresentando histórias vividas em contextos de guerra nos quais as mulheres são muitas vezes chamadas por Deus a ser agentes de reconciliação e de paz. Partilhou também o chamamento que Deus lhe fez, enquanto mulher e crente, a assumir os seus próprios dons e a colocá-los ao serviço dos outros no contexto de uma nova realidade internacional e eclesial a que a família foi chamada.

Referindo-se à sua visita e estadia entre nós, Justin Welby referiu: «na Comunhão Anglicana à volta do mundo as províncias de língua portuguesa são muito importantes. Vir a Portugal é um privilégio para celebrar estes 100 anos e lembrar a importância do contributo da Igreja em Portugal para a Igreja global. A Igreja aqui tem boas relações com outras Igrejas e outras religiões e isso expressa a hospitalidade de Jesus Cristo em ação em Portugal. É uma Igreja que acredita no Evangelho e deste modo é transformada por Jesus. É uma Igreja que parece estar cheia da vida de Deus. Obrigado». Uma das marcas distintivas da nossa Igreja tem sido a sua abertura à comunhão ecuménica nacional e internacional, ao relacionamento inter-religioso e à cooperação nos contextos sociais e autárquicos em que se insere. Nos últimos anos e no seio da Comunhão Anglicana, grande tem sido o nosso contributo para o trabalho na Rede Lusófona da Comunhão Anglicana, que coordenamos desde a sua criação em 2015. Compreendemo-nos assim uma Igreja sem fronteiras que assume a dimensão católica (universal) da sua missão. Com a sua visita, o Sr. Arcebispo de Cantuária, nosso Metropolita, quis também sublinhar esta marca da Igreja Lusitana e o trabalho que somos chamados a realizar nacional e internacionalmente e no seio da Comunhão Anglicana à qual pertencemos. Para tal, é necessário que cada crente, cada comunidade e a Igreja no seu todo, se abram ao diálogo, na aceitação de pontos de vista diferentes e no saber discordar respeitosamente. Numa sociedade que facilmente cria divisões, muros e discursos de ódio, testemunhamos Jesus Cristo oferecendo espaços de diálogo e de conhecimento mútuo, que promovam a reconciliação e a cooperação entre todos os homens e mulheres de boa vontade independentemente da sua raça, religião, orientação sexual e política.

Volvidos já 144 anos de um caminhar multisecular histórico da nossa Igreja, e no contexto da celebração do 100.º Sínodo, a Igreja que somos percebe-se amada e sustentada por Deus e parte de uma realidade maior que se expressa na comunhão com outras Igrejas. O sonho e a visão de um pequeno punhado de homens crentes reunidos em Sínodo, a 8 de março de 1880, ganhou na ação do Espírito Santo diversas e belas expressões de fé, que transformaram muitas vidas e continuam hoje também a transformar a vida de muitos e de muitas. Verdadeiramente a Igreja é de Deus e nela Deus está sempre presente como Bom Pastor. Não controlamos os acontecimentos e temos que os saber confiar em oração nas mãos de Deus, em especial nos tempos de mudança civilizacional como aqueles que hoje vivemos. A riqueza que se nos oferece neste centenário sinodal é a de termos oportunidade de, relembrando o passado, podermos perceber que as exigências do tempo presente complementam todo o sofrido caminhar do povo de Deus até aqui. À luz da Esperança que nos é outorgada em Jesus Cristo, Deus continua presente e atuante, projetando-nos já num futuro novo a ser construído por todos. Somos parte de uma História da Salvação que hoje se nos oferece, como se ofereceu no passado a muitos homens e mulheres. A mensagem de Esperança para todos é a de que não estamos presos pelas nossas circunstâncias presentes, nem pelos desafios e problemas, por imensos que os mesmos se nos apresentem. A Esperança em Cristo transforma os nossos medos e os nossos desejos e em especial se estivermos juntos e unidos. O poder de Deus protege-nos daquilo que nos pode fazer cair e sustenta a nossa fé. Foi assim no passado, é hoje e será no futuro, dado que Deus é fiel e a Igreja é sua. Esta realidade e certeza gloriosas sustenta-se, como nos diz Pedro, por «estarmos guardados pelo poder de Deus para a salvação que está para se manifestar nos últimos tempos» (1,5).

Ser hoje Igreja, que neste centenário valoriza o seu caminhar sinodal histórico, requer a consciência de que a Sinodalidade não se confina à mera realização de uma reunião sinodal e a dois ou três dias de encontro diocesano. Pedro refere na sua carta que somos chamados a ser povo de Deus em caminho: «Vocês, porém, são gente escolhida, um povo santo de sacerdotes ao serviço do Reino, povo que pertence a Deus. Foram escolhidos para proclamar as admiráveis obras de Deus, que vos chamou das trevas para a sua luz maravilhosa. Dantes, nem eram um povo e agora são povo de Deus» (2,9-10). A Igreja Lusitana sempre entendeu que todos os cristãos batizados são ministros da Igreja; uns chamados a exercer o seu ministério como leigos e outros a servir a Deus através do ministério ordenado. Na Igreja Lusitana e na tradição Anglicana, todos os crentes são chamados a uma verdadeira partilha nos direitos e responsabilidades na Igreja de Cristo e ninguém deve ser excluído deste exercício. A vivência sinodal, entendida também enquanto caminho e processo a ser desenvolvido, facilita a participação plena de todos os discípulos de Cristo na vida, adoração e missão da Igreja, incluindo também e muito importante o seu governo. Segue-se o princípio de que: «o que diz respeito a todos, por todos deve ser tratado».

Tal requer, naturalmente, a identificação das principais necessidades da Igreja e a corresponsabilização de todos no seu suprir. A crise de vocações e a necessidade de termos novos ministros ordenados ao serviço da Igreja, requer que cada comunidade cristã identifique e promova os dons e carismas de cada crente e peça em oração a Deus novas disponibilidades para o serviço na Igreja. Tal é uma tarefa para toda a Igreja e não somente para o Bispo e órgãos da Igreja. A falta de sustentabilidade financeira de que a Igreja padece requer a consciência de que cada crente é mordomo daquilo que Deus lhe confiou e de que o que temos e damos da sua mão o recebemos. O apurar da nossa contribuição financeira para a Igreja é obrigação generosa e sacrificial de todos os batizados. A necessidade de sermos um povo orante e que integra a leitura e o conhecimento das Sagradas Escrituras no seu dia a dia, requer o compromisso de todos e de cada um(a) na boa gestão diária do tempo de vida que Deus nos concede. O tempo é o bem mais precioso que Deus diariamente nos confia. O modo como o gerimos e as prioridades e ocupações que assumimos também expressam ou não o nosso compromisso e testemunho de fé para com Cristo e a sua Igreja. No stress do dia a dia da vida moderna, este exercício torna-se ainda mais exigente e não menos importante para a vida da fé. No caminhar diário Deus está connosco e oferece-nos a Sua graça. A este propósito a poeta Sophia de Mello Breyner refere: «A santidade é oferecida a cada pessoa de novo em cada dia, e por isso aqueles que renunciam à santidade são obrigados a repetir a negação todos os dias».

Coincidentemente celebramos também neste ano o cinquentenário da revolução do 25 de abril pelo qual damos, desde já, graças a Deus. Neste aniversário de abril percebemos o muito que de bom foi alcançado em tantas áreas da nossa vida coletiva. Muito há também para fazer e defender. Por definição, qualquer sociedade democrática é em si mesma um processo em permanente construção, que requer o exercício da cidadania da parte de todos nós. Celebramos também a liberdade religiosa que não existia no passado e que é hoje um direito fundamental em democracia. A liberdade da prática do culto e da expressão da crença religiosa como que nos implica enquanto crentes, na afirmação e contributo para a construção de uma sociedade mais justa e fraterna. Celebrar a liberdade religiosa é também não aceitar hoje a visão daqueles que querem reduzir a dimensão religiosa a uma mera vivência individual, excluindo o imenso contributo e o papel que as religiões têm na sociedade moderna. A verdade que liberta e que provem da fé em Jesus Cristo (João 8,32) leva-nos também a desmascarar os falsos argumentos religiosos que hoje procuram justificar agressões e expansionismos totalitários como aqueles que se verificam principalmente na Ucrânia e na Faixa de Gaza.

Termino invocando o Espírito Santo para os trabalhos sinodais que agora se iniciam e referindo o apelo feito por Pedro, no final da sua primeira carta aos responsáveis e fiéis da Igreja de outrora e que hoje a nós se nos dirige: «Dirijo-me agora aos responsáveis das vossas comunidades. Também eu, como eles, tenho responsabilidade, sou testemunha dos sofrimentos de Cristo e hei-de tomar parte na felicidade que se há-de manifestar. Cuidem do rebanho que Deus vos confiou, não por obrigação, mas de boa vontade, tal como Deus quer; não por espírito de ganância, mas com dedicação; não como quem se impõe sobre os que lhe foram confiados, mas como modelo para todos. E, quando o chefe dos pastores vier, vocês receberão a coroa de glória que nunca perderá o seu brilho» (5, 1-4). Assim Deus nos ajude. Ámen.

Jorge, bispo diocesano


1 Cinco Marcas de Missão : Proclamar as Boas Novas do Reino de Deus / Ensinar, batizar e apoiar novos crentes / Responder às necessidades humanas através de um serviço de amor / Procurar transformar estruturas injustas da sociedade / Salvaguardar a integridade da Criação e sustentar e renovar a terra

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