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Aos Órgãos de Comunicação Social

 
Nos dias 26 e 27 de Junho de 2015, a Catedral Lusitana de S. Paulo (Rua das Janelas Verdes, Santos), em Lisboa, vai acolher o evento celebrativo do 50º aniversário da concordata de plena comunhão entre a Igreja Lusitana, a Igreja Espanhola Reformada Episcopal e a União de Utreque – Igrejas Velho-Católicas.
 
O evento, que terá a presença do Sr. Arcebispo de Utreque, Doutor Yoris Vercammen, será um tempo de celebração e encontro. Celebração do estabelecimento de uma concordata, que permitiu ao longo de 50 anos, uma relação de comunhão sacramental, pastoral e missão. Será, também, um tempo de encontro fraterno entre Irmãos em Cristo que procuram viver a unidade na diversidade das suas tradições eclesiais.
 
O programa, que tem início na sexta-feira, dia 26 de Junho, pelas 14h30, contempla tempo para o conhecimento histórico e teológico, para o discernimento de uma mesma identidade eclesial e ainda para a oração e louvor e celebração conjunta da Eucaristia.
 
Serão oradores o Sr. Bispo D. Fernando Soares, Bispo Emérito da Igreja Lusitana, o Mestre António Manuel Silva, do Instituto Anglicanos de Estudos Teológicos, o Sr. Bispo D. Carlos Lopez Lozano, da Igreja Espanhola Reformada Episcopal, o Sr. Arcebispo Joris Vercammen, da União de Utreque e a Teóloga Jenny Knudsen.
 
O documento teológico “Parceria na Europa” será alvo de apresentação e análise na procura dos caminhos de missão conjunta na Europa de hoje.
 
O evento terminará no Sábado, 27 de Junho, pelas 15h00, na Catedral, com um Celebração Eucarística de Ação de Graças, co-presidida pelos Bispos Pina Cabral, Lozano e Vercammen.
 
Poderá ser encontrada mais informação atualizada no site da Igreja Lusitana: www.igreja-lusitana.org  e Facebook: www.facebook.com/igrejalusitana

Centro Diocesano da Igreja Lusitana
Departamento de Comunicação
Apartado 392
4430-003 Vila Nova de Gaia
Portugal
Telf.: (351) 223754018 – Contato direto: 914687858
E-mail: comunicacao@igreja-lusitana.org
 
 
Uma breve apresentação
 
Igreja Lusitana Católica Apostólica Evangélica (Comunhão Anglicana)
 
Surgiu na segunda metade do séc. XIX, em Março de 1880, fruto do ambiente religioso e social que então se vivia em Portugal, refutando os dogmas da jurisdição universal e da infalibilidade do papa e também os excessos do marianismo popular, advogando a leitura da Bíblia pelos crentes, uma liturgia em português e um governo da Igreja partilhado entre clérigos e leigos.
Desde 1980 que a Igreja Lusitana é membro da Comunhão Anglicana, tendo como Autoridade Metropolitana o Arcebispo de Cantuária, na sua qualidade de foco visível de unidade naquela Comunhão.
A Comunhão Anglicana é uma família de Igrejas que congrega 84 milhões de pessoas em todos os continentes, presente em mais de 160 países, e é constituída por cerca de 39 Províncias ou Igrejas nacionais e autónomas, que se dirigem por si mesmas, respondendo às necessidades e particularidades de cada povo.
A Igreja Lusitana tem mantido, desde a década de 60 do século passado, uma postura ecuménica, participando em diálogos, encontros e celebrações com a Igreja Católica Romana e outras Igrejas.
 
A União de Utreque de Igrejas Velho Católicas
 
«Embora a Igreja Velho Católica da Holanda seja muito mais antiga, o nome velho católico ou “altkatholisch” só apareceu no século XIX dentro do movimento daqueles cristãos católicos de países de língua alemã que protestaram contra aquilo que consideravam ser novidades não autorizadas na eclesiologia católica. Essas novidades, criam eles, foram criadas na própria Igreja Católica Romana e diziam respeito ao dogma da imaculada conceição de Maria (1854) da infalibilidade e da jurisdição universal do papa (Primeiro Concílio do Vaticano – 1871).
Os bispos que fundaram a União de Utreque reuniram-se com esse propósito em 1889 em Utreque. Concordaram numa declaração, na qual expunham o que tinham em comum e formulavam os critérios de como viverem uns com os outros. Fizeram igualmente uma constituição para a União de Utreque, que de início foi pensada como uma assembleia de bispos que se informavam uns aos outros.
 
Concordata de Plena Comunhão
Foi a 22 de Setembro de 1965 que os representantes das Igrejas Ibéricas, na altura, Bispo D. Luís César Rodrigues Pereira (Igreja Lusitana Católica Apostólica Evangélica) e Bispo D. Santos Molina (Igreja Espanhola Reformada Episcopal) assinaram, conjuntamente com o então sr Arcebispo de Utreque, D. Andreas Rinkel, uma Concordata de plena Comunhão (baseada no chamado Acordo de Bona de 1931) na qual se refere que :
 
- cada Igreja reconhece a catolicidade e independência da outra, e mantém a sua;
- cada Igreja concorda em admitir membros da outra a participar dos sacramentos;
afirmando-se também neste documento que «a comunhão plena não requer da outra Igreja a aceitação de toda a opinião doutrinal, devoção sacramental ou prática litúrgica característica, mas implica que cada uma acredita que a outra possui o «que é essencial à fé cristã».
 

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