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A noite de 18 de setembro de 2024, envolvida por atmosfera carregada de cinzas, devido à calamidade dos incêndios, não desmotivou, mais de 70 Irmãos de diversas Igrejas Cristãs do Porto em participaram na Celebração e Vigília Ecuménica, promovida pela Comissão Ecuménica do Porto, inserida no Tempo da Criação, assinalado mundialmente, entre 1 de setembro e 4 de outubro, na Paróquia do Salvador do Mundo, em Coimbrões, Vila Nova de Gaia.
Na saudação inicial, o Pároco, Presbítero Sérgio Alves, referiu “nesta hora em que estamos reunidos em Oração, homens e mulheres de Portugal fazem luto, pelo que perderam na catástrofe dos incêndios e lutam pelo que podem ainda salvar. A Criação geme, as criaturas lutam e choram a desgraça! Isto não pode continuar a acontecer! Os incêndios são a crise climática a atingir Portugal em tempo real.
Reunidos em nome de Cristo vivo, estamos, sensíveis, solidários, a lutar com a força Fé, sustentados nas primícias da esperança. Perante a destruição, a desolação, a calamidade, juntos buscamos na oração, Luz e força para a ação solidária que o Senhor nos chama a realizar”.
Ministros da Igreja Lusitana - Comunhão Anglicana, Igreja Metodista, Igreja Católica Romana, Igreja Ortodoxa do Patriarcado Ecuménico de Constantinopla, seguiram uma liturgia preparada para o efeito, sustentada nos contributos do material partilhado pela plataforma mundial “Season of Creation” que este ano teve como tema: “Esperançar e Agir com a Criação”, “as primícias da Esperança” Romanos 8, 18-25.
Na declaração ecuménica conjunta feita na abertura Tempo da Criação deste ano, o Papa Francisco, o Arcebispo de Cantuária, Justin Welby e o Patriarca Ortodoxo Bartolomeu, afirmaram: “(…) as gerações futuras nunca nos perdoarão se perdermos a oportunidade de proteger a nossa Casa Comum. Herdamos jardins e não podemos deixar desertos para os nossos filhos”.
A homilia, da responsabilidade de D. Jorge Pina Cabral, Bispo da Igreja Lusitana e Presidente do COPIC – Conselho Português de Igrejas Cristãs, muito contribuiu para à luz da Palavra de Deus, refletir sobre o tema em relação com a atualidade. D. Jorge referiu a “importância fundamental do silêncio orante perante a catástrofe dos incêndios que o país atravessa” e da necessidade de trazermos a “vida para a liturgia para levar a liturgia para a vida”, mesmo com lágrimas e sofrimento. Testemunhou, que “perante o drama vivido, o testemunho orante é fonte de conforto e ânimo para o agir responsável e regenerador”, terminando com o testemunho de Fé de uma senhora idosa, que tendo perdido quase tudo para os incêndios, perante a pergunta de uma jornalista “onde está Deus no que se está a passar?”, afirmou: “Deus, não tem culpa nenhuma! Deus é bom, não foi Ele o autor desta destruição”.
A celebração, terminou com uma vigília no exterior da Igreja, onde se elevou em oração profunda: “estamos num tempo decisivo de oração e ação. O ar cheira a queimado! Está carregado de cinzas. Sentimos a dor de tantos. Portugal está de luto pelas perdas e luta pela vida! É preciso reagir! É preciso esperança! É possível a esperança!
Temos na oração a força da ação. Oramos para que possamos crescer na consciência e cuidado do dom da Criação e de todos os seus elementos. Pedimos que envies a Tua chuva abundante, generosa para apagar as chamas e trazer o alívio à terra seca. Que as águas do Céu caiam suavemente, mas com força suficiente para extinguir os incêndios e renovar a vida em cada canto da natureza. Que a Tua misericórdia e poder se manifestem, restaurando o equilíbrio, a esperança e a Paz”.
O ofertório da celebração reverteu integralmente para os Bombeiros Voluntários de Coimbrões, instituição vizinha da Paróquia do Salvador do Mundo.
A Comissão Ecuménica do Porto
www.ecumenismoporto.org
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