20 de Junho – Dia Mundial do Refugiado

Igrejas relembram as vidas perdidas de refugiado e migrantes

que buscavam segurança para as suas vidas

 

«Trazemos-Te o nosso lamento por aqueles que

morreram nas nossas fronteiras, e aqueles que morreram

errando por desertos, montanhas e mares.

Dirigimo-nos a Ti e partilhamos o choro daqueles

que morreram buscando justiça e um mundo melhor»

Desde o ano de 2000, mais de 30.000 pessoas morreram no seu caminho para a Europa, afogadas nos mares ou rios, ou sufocadas em camiões e barcos. Os recentes acontecimentos relacionados com o salvamento do navio Aquarius vieram reforçar que alguns políticos não estão a dar prioridade às vidas e ao bem-estar daqueles que estão náufragos no mar. Esta recusa em acolher aponta para o falhanço em assegurar os valores Europeus. Contra estas tendências, as Igrejas devem continuar a trabalhar pela justiça e pelo bom acolhimento de sociedades. As Igrejas na Europa responderam já a esta completa e desnecessária perda de vidas através da solidariedade, apoiando as buscas e esforços de salvamento, e também pugnando por formas seguras e regulares de os refugiados e migrantes entrarem na Europa.

Respondendo a esta crise continua, o Reverendo Heikki Huttunen, secretário geral da Conferência das Igrejas Europeias (CEC), e Doris Peschke, secretário geral da Comissão das Igrejas para os Migrantes na Europa (CCME), publicaram o seu apelo anual para que as Igrejas se lembrem de todos aqueles que perderam as suas vidas buscando segurança.

Numa carta conjunta aos membros da CEC e CCME, ambos relembram as posições da recente Assembleia Geral da Conferência das Igrejas Europeias realizada em Novi Sad (Sérvia) no corrente mês :«A proteção dos direitos das pessoas que abandonaram as suas casas devido à guerra e buscaram a Europa na esperança de uma vida melhor, força a Europa a olhar para si mesma e encoraja as Igrejas a usar os recursos disponíveis, incluindo orações, orações de intercessão, meditações e hinos, disponíveis no site da CCME (www.ccme.be)». As comunidades podem usar este material a 24 de Junho, o Domingo a seguir ao Dia Internacional do Refugiado, ou noutro momento apropriado durante o ano.

Os secretários gerais também sublinham a importância teológica, destas celebrações e orações e da prática da hospitalidade radical aos necessitados. Tal foi referido pela Assembleia Geral de Novi Sad, o órgão decisório mais elevado da CEC quando referiu : « é através das lentes da Palavra de Deus que a existência humana é verdadeiramente valorizada individual e coletivamente. É um facto de que verdadeiramente o primeiro estrangeiro não é outro senão o próprio Cristo».

Comunicado de Imprensa da CEC – 19 de Junho 2018, traduzido e adaptado pelo Departamento de Comunicações da Igreja Lusitana

[A Conferência das Igrejas Europeias (CEC) é uma família de cerca de 114 Igrejas Ortodoxas, Protestantes, Anglicanas e Velho-Católicas de todos os países da Europa, mais 40 conselhos nacionais de Igrejas e organizações em colaboração. A CEC foi fundada em 1959. Tem os seus escritórios em Bruxelas e Estrasburgo.

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